terça-feira, 3 de novembro de 2009

CURSO BÁSICO DE JORNALISMO

Professor: Wagner Lopes (jornalista diplomado)

Temas:
- Aprenda a lidar com o lide.
- Evite a barriga e seja um jornalista enxuto.
- Conheça uma redação que não cai em concursos.
- Descubra que coletiva não é treino do futebol feminino.
- A passagem que não é aceita nos ônibus.
- A fonte que não jorra água.
- A diferença de spot para o personagem orelhudo de Jornada nas Estrelas.
- Compreenda o fantástico mundo do release.
- O assessor de imprensa que não ajuda a apertar ninguém.
- Siga bem o follow-up.
- O espatelamento que não é tão bom como fazer pastel.
- A disparidade entre gilete-press e a assessoria de imprensa da Gilete.
- Choque-se com o nariz de cera que não derrete ao sol.
- Veja a retranca que nem Dunga é capaz de treinar.
- Porque agendamento que não é a marcação de uma consulta.
- Liberte-se da idéia que a manchete vem logo após a cortada.
- Perceba que público-alvo não são os cartazes do stand de tiro.
- Entenda que meios de comunicação quentes não são só as TVs da Playboy.
- Resigne-se por ser filho da pauta.
- Comece a dar seu furo.
- Perca o medo dos toques.
- Aceite que a teoria do espelho não se aplica ao salão de beleza.
- Conheça a tripa que não vai na feijoada.
- Veja um caderno que já vem todo escrito.
- Bata o branco sem ser acusado de racismo.
- A cobertura que não é apartamento de luxo.
- Aprenda porque pirâmide invertida não é uma posição sexual.
- O jornalismo sobre móveis e a matéria de gaveta.
- Diferenças entre opinião pública e a opinião que você publica.
- Descubra que valor-notícia não é quanto pagaram para ela sair.
- O boneco que não serve para seu filho brincar.
- Faça a suíte sem precisar de um pedreiro.
- A escalada que não sai do chão.
- Como usar nota pelada mesmo vestido.
- O plano fechado sem segredos.
- Observe a disparidade entre ping-pong e tênis de mesa.
- Pare de temer o dead-line e continue vivo depois dele.
- Divirta-se com o box onde não se vende nada.
- Reconheça o título que seu clube nunca vai ganhar.
- Dê crédito sem gastar dinheiro.
- Experimente colunas que não sofrerão de reumatismo.
- Use o gancho sem machucar ninguém.
- Veículos que não transitam nas ruas.
- Evite estourar para não perder a cabeça.
- Conheça focas que não equilibram bolas no nariz.
- As semelhanças entre o gatekeeper e o porteiro de seu prédio.
- Revelações de como o hipertexto derrotou o superman.
- Como participar do pescoção sem sair todo dolorido.
- Tire o sutiã sem fazer topless.
- O que separa o gonzo jornalismo do jornalzinho daquele palhaço do SBT.
- Saiba o porquê de não precisar responder às chamadas.
- E finalmente aprenda porque falamos tanto em cachorro, homem, mordida, e outras besteiras do tipo.

O assunto é sério e merece ser tratado com seriedade, mas a brincadeira acima dá só uma mostra do ridículo que foi a decisão do ministro Gilmar Mendes (aquele mesmo amigão do banqueiro Daniel Dantas) derrubando a exigência de diploma de jornalista para a prática do jornalismo.

Mas falando sério: Quem acha que jornalismo não oferece espaço para não jornalistas se expressarem, veja a quantidade de colunas e artigos publicados por não jornalistas. Quem pensa como o ministro que jornalismo não oferece risco à vida das pessoas, experimente a emoção de ter sua foto estampada como estuprador em uma capa de jornal. Completei 10 anos de jornalismo e não sou jornalista só porque tenho diploma. Sou jornalista graças a tudo que aprendi observando, perguntando, pesquisando, escrevendo em todo esse tempo. Agora, se não fosse o diploma e tudo que ele representa, não saberia para onde olhar, que perguntas fazer, como pesquisar, ou o que escrever.

Apesar de você Gilmar Mendes, continuo jornalista, continuo diplomado e continuo orgulhoso de minha profissão!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Na falta do que fazer...muita coisa para se pensar

Design: Ygara&Pedrosa /Arte Final: Rafael Lima

terça-feira, 30 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009


Engraçado como em certas subculturas jornalística há uma mistura de papéis que contraria o próprio papel do Jornalista. Para compreender esse fenômeno não é difícil, um bom exemplo é ligar a TV na hora do almoço e prestar bem atenção em certos programas locais voltados para área policial. Neles podemos encontrar uma mistura de comunicador com ditador.
Antes de fazer uma crítica- espero que construtiva - queria deixar claro que há grandes profissionais trabalhando na área, pessoas que possuem experiência, faro e simpatia. Sou capaz de dizer que adoro um deles inclusive me divirto muito assistindo seu programa, porém o classifico no gênero da comédia e não como uma prestação de serviço a sociedade.
Sei muito bem que notícia é mercadoria e como tal precisa ser vendida, quanto mais audiência mais cifrões. Daí é que surge esse sensacionalismo que apesar dos seus defeitos sempre fez parte da história do jornalismo e nunca ficará de lado, porém, diante do fato o que mais me preocupa nesse gênero espetacular são as opiniões, os julgamentos precipitados e a falta de apuração de quem se aproveita do poder do microfone para estimular a violência de uma maneira tão banal que qualquer criança que veja esse apelo (levando em consideração que os programas nesse horário são permitidos para todas as faixas etárias) acaba achando normal matar aquele coleguinha que roubou seu lanche.
O apelo à violência fica claro nesses programas. Pessoas são julgadas sem nenhuma chance de defesa diante das câmeras sensacionalistas. Quantos casos eu já vi de erro na imprensa, quantas pessoas não tiveram suas imagens manchadas. Aproveitando as palavras do professor Felipe Pena, acredito que
“no jornalismo não há fibrose. O tecido atingido pela calúnia não se regenera. As feridas abertas pela difamação não cicatrizam”
Respeito muito a liberdade de expressão, sem ela não haveria jornalismo, porém estimo que haja respeito com as pessoas independente de qualquer coisa. Sei que não é fácil lidar com jornalismo policial, sei que é difícil nos calar diante de tanta violência, porém o verdadeiro Jornalismo deve ser feito para socializar as informações de maneira em que contribua para uma formação crítica e até mesmo para indignar a sociedade, porém não devemos passar por cima das leis para fazer isso.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cinco perguntas rápidas que começam a irritar uma mulher depois dos 25

Temos que entender que não dá mais para adiar, os trinta estão chegando e com eles os questionamentos irritantes, porém devemos levar sempre com bom humor caso contrário as malditas rugas chegarão mais cedo.

Aqui estão as indagações básicas:

1.Por que você engordou tanto?


Essa pergunta é clássica, geralmente é feita por aquelas amigas da sua mãe que lhe viu pela ultima vez quando você tinha doze anos de idade.

2.Por que ainda não casou?


Geralmente é feita por alguma amiga casada e infeliz, porque as que são felizes não perguntam apenas recomendam.

3.O que são esses furinhos no seu bumbum?

Sempre é feita por alguém que tem mais celulites do que você, porque quem não tem (ainda não conheci) não perde tempo com esse tipo de pergunta.


4.A senhora deseja alguma coisa?


Essa, lógico, vem dos garçons. Um dia eu ainda respondo: traga, por favor, um litro de botox para da próxima vez eu não ser chamada de senhora.


5.Vamos dividir a conta?

Essa quando vem dos homens é o fim. Não existe mulher que goste de pagar conta, principalmente depois dos 25, muitas dividem, mas tenho certeza que não gostam. Será que homem nenhum percebe isso?


Qualquer semelhança nos questionamentos não serão meras coincidências